segunda-feira, 13 de junho de 2011

RPGs…. I´m back !

 

Divinity II…. Um título um tanto nebuloso…. A primeira parte da saga Divinity não foi muito bem recebida pelos jogadores, com muitos bugs e jogabilidade ruim, além de estória muito rasa. Passei longe de Divinity, apesar de gostar muito de RPGs. Mas me encontrava totalmente desiludido com o excesso de Gods of War e Far Crys que estava jogando…. queria mesmo era outro Mass Effect ou Fallout ! Mas não encontrava nenhum RPG que me prendesse…. Joguei até o popular Amnesia, que fez sucesso como adventure de terror, sucessor de Penumbra, da Frictional Games. Mas nada me tirava da inércia jogacional…..

Então, nas minhas buscas pelo mundo perdido dos torrents, encontrei Divinity II. Meio desesperançoso, baixei o jogo, com as atualizações, e comecei a jogar. De cara, vi que os gráficos eram bem datados, apesar de bonitos. Fui em diversos sites tentando entender porque o jogo não aceita AntiAliasing de jeito nenhum (sim, eu gosto de gráficos, e serrilhados me irritamSmiley mostrando a língua). Por fim, entendi que tinha duas opções: ou deixava o jogo com tudo no máximo, que fica bonito, mas com serrilhado, ou diminuia as configurações ao ponto do AA funcionar, e o jogo ficava horrível . Lógico que joguei sem AA…Smiley virando os olhos

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Como disse, não esperava muito do jogo. Comecei a jogar achando que ia largar em meia hora. Mas fui me envolvendo, fui gostando…. E os gráficos ficaram em segundo plano. O jogo é BOM ! Smiley nerdPrimeiro porque te envolve, e isso é (ou deveria ser) o principal motivo que leva alguém a jogar. Depois fui observando alguns pontos que me fizeram querer ir atéo final do jogo – na verdade, estou terminando a primeira parte da aventura, ainda tenho que jogar a segunda parte, que vem junto no pacote Divinity II: the Dragon Knight Saga. Pontos positivos no jogo:

- O jogo começa difícil, mas não TÃO difícil, e vai gradativamente ficando mais fácil. A sensação que fica é querer jogar mais e mais, para se tornar mais poderoso.

- A evolução do seu personagem é bem trabalhada, com criaturas e objetos únicos, que não surgem novamente. O que quer dizer que não há como ficar em um só lugar matando criaturas ou ganhando dinheiro (apesar de AINDA ser possível isso em pouquíssimas áreas do jogo, não foi a intenção dos programadores). Em resumo, vc tem que realmente ir em frente na aventura

- Os NPCs são engraçados, tem personalidade, nada como Dragon Age, mas muito divertido. Dei boas risadas com diversos diálogos, e as expressões tb agradam – claro, se vc relevar o gráfico velhinho…

- Espaço aberto é o que não falta. Principalmente depois da metade, quando vc pode virar um dragão.

- Quase todo NPC tem uma estória pra contar e vc se sente “parte” daquilo que está acontecendo.

- Gostei muito que, apesar do gráfico datado, não existe “clipping” no jogo – que é quando as pessoas e objetos ficam passando “por dentro” dos outros. Clipping é muito comum (mesmo!) em jogos atuais e fica muito feio…Smiley sarcástico

- Sem querer comparar, DEFORMALGUMA, um jogo com outro, mas eu fiquei muito puto quando morri em Demons Souls ao cair de um altura mínima, uns 2 metros, quando meu personagem já havia pulado em plataformas de mais de 10 metros de altura. E quem conhece sabe que morrer em Demons Souls muitas vezes é traumático !Smiley mostrando os dentes Em Divinity II, não importa o quão alto vc se jogue ou pule, vc não morre. Pode parecer ruim, mas é excelente. Quem já não morreu durante um combate com uma criatura ridicula, porque foi empurrado de uma plataforma ?

- São vários ambientes diferentes para jogar e em um determinado ponto vc ganha sua própria torre com seus servosSmiley de boca aberta

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Enfim, ainda não terminei o jogo, meu personagem está no nível 32, é um Mago, porém nem tanto…. Explico: em Divinity II, todos são guerreiros.  As armas que existem são maças, espadas, martelos e arcos. E armaduras e escudos, além de vc poder usar anéis, brincos, etc. Nada de cajados, roupas de mago ou nada parecido. Então vc não parece um mago, mesmo que evolua seu personagem como um. É uma limitação, mas não chega a incomodar. Aliás, Divinity II deixa a sensação de que, apesar de ser um jogo épico, com muita coisa para explorar, poderia ser maior. Vc vê muitas idéias interessantes no decorrer do jogo que poderiam ser desenvolvidas. O jogo tem potencial. E merece ser jogado. Se vc gosta de RPG, jogue, é obrigatório ! Se vc não é fã, pode até experimentar, mas duvido que goste, pois o jogo é focado no Role Play – combates, magias e etc são secundários.

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Como disse, terminarei a primeira parte do jogo – Ego Draconis – e jogarei a segunda – Flames of Vengeance – em seguida. Voltarei aqui no Cave para comentar a segunda parte do jogo, aguardem !

UPDATE em 27/06/2011: Terminei o jogo (a “expansão”, inclusive). Valeu a pena, MESMO, jogar Divinity 2. Divertiu bastante e realmente surpreendeu em muitos pontos positivos. O que poderia melhorar ?

- A engine gráfica poderia ser mais atual

- O jogo poderia ser mais “equilibrado”, principalmente na “expansão” (Flames of Vengeance), algumas criaturas valem XP demais, enquanto outras, muito pouco XP, sem muita justificativa

- Os efeitos dos feitiços poderiam ser bem mais trabalhados

- Não sei se isso é um problema ou é próprio do design do jogo, mas meu “mago” parece um guerreiro. Não há COMO criar um Mago “de verdade” em Divinity 2, primeiro porque vc acaba com pontos demais nas Skills, e se ve obrigado a coloca-los em habilidades que não são de mago, e segundo porque não há armas de mago, nem roupas de mago, etc. Enfim, acho que as Skills e as definições de classes em Divinity 2 poderiam se bem melhores. As Skills principalmente.