sexta-feira, 25 de junho de 2010

KILLZONE 2 versus STALKER: Shadow of Chernobyl

Ou seria PS3 versus PC ? hehehehe… Não, na verdade a intenção não é essa, mas sim uma comparação entre dois jogos de 2009, que fizeram (e fazem) a alegria dos jogadores amantes de FPS.

image

image

Quando comecei a jogar KILLZONE 2 no PS3, foi um impacto gigante.... Cresci jogando videogames e computadores, desde Telejogos, Atari até os portáteis como meus Game&Watch e máquinas mais avançadas como o PC Engine, Saturn e Dreamcast. Porém, jogos de estratégia (RTS) e de tiro (FPS) tem seu lugar: PCs.

image

Confesso que comprei meu PS3 com duas premissas que NÃO foram compridas:
1 - Jogar JRPGs
2 - Ter um Media Center
Quanto aos RPGs, se pensarmos nos títulos disponíveis para o PS1 e o PS2, simplesmente não dá para entender porque tem mais RPGs (BEM MAIS!) no X360 do que no PS3....
E na parte do Media Center, pra resumir bem, o wireless do PS3 é uma merda.
Bom, voltemos ao KILLZONE 2. Peguei o joystick, liguei o PS3 e esperei a apresentação do jogo. Detalhe que Maryana, minha filha de 9 anos, estava ao meu lado já perguntando "-Pai, é igual Half Life e FEAR ?". Maryana adora FPS... Bom, a apresentação foi realmente linda, mas em determinado momento achei que estava muito escuro e levei uns 15 minutos para ajustar a TV ao meu gosto. Reiniciei a apresentação e vi, delirante, os gráficos na tela. REALMENTE muito bonito. A pele, os movimentos labiais, o andar e os gestos dos personagens, tudo excepcional. Mas claro, aquilo era uma apresentação, queria ver o jogo MESMO, se ia manter aquele alto padrão gráfico.

Nesse review, irei comparar esse jogo com outro jogo de PC, chamado STALKER, o qual sou fã. Porém a comparação só é imageválida se vc instalou o STALKER 2009 COMPLETE, que simplesmente é O MELHOR MOD DE TODOS OS  TEMPOS PARA UM JOGO DE PC. Se formos pensar bem, a comparação é válida, pois o MOD leva em conta a tecnologia de 2009 nos PCs, mesmo ano em que KILLZONE 2 foi lançado. Então ficamos com uma comparação entre dois FPS, um de PS3 e outro de PC.

No quesito apresentação, ou "impacto inicial", KILLZONE 2 ganha. Realmente impactante aquele início, apesar de um pouco curto eu diria. Afinal estamos falando de BluRay aqui, certo ? Temos espaço de sobra, certo ? Então porque não fazer uma apresentação mais longa, tipo um curta metragem ?

image

Bom, comecei a jogar. Os controles são semelhantes aos de PC, certo ? É só imaginar que ao invés do Mouse, vc gira o Joystick, certo ? é só uma questão de costume e vc rapidamente se acostuma, CERTO ? ERRADO. ERRADÍSSIMO. Minha nossa, como é LENTA e resposta do Joystick comparada ao Mouse ! A sensação inicial foi "que merda, FPS em videogame é lixo!". Porém, coloquei meus preconceitos de lado e insisti no jogo. Com o tempo, entendi que os programadores de jogos de Videogame SABEM que a resposta é lenta (BEM mais lenta), então o jogo é programado desta forma. Explico: os inimigos não são como em FPS de PC. Nos FPS de videogame os inimigos são LENTOS. Iguais a vc. Lógico, senão seria impossível acertar alguém sem ser acertado antes. MESMO ASSIM, eu morri muitas e muitas vezes sem sequer VER quem estava me atirando. Aí valeu a experiência de um outro jogo de PS3: DEMON's SOULS. Em DS vc precisa ANTECIPAR o movimento do inimigo. Não adianta vc querer reagir na hora. Nãoimage dá tempo. Em DS vc tem que saber que daqui a 3 passos irá surgir um cavaleiro com um machado e ele irá te atacar pela direita. Só assim vc passa das fases. Para jogar KILLZONE 2 sem morrer a cada 5 minutos, usei a mesma estratégia: me antecipei aos inimigos, aprendi aonde eles surgem, pra onde vão, a estratégia (IA) de cada um, etc, etc. Assim, pude compensar a lentidão para mirar nos inimigos, pois sabia com certa precisão onde eles estariam. Outra diferença crucial: em FPS de PC vc tem a opção de simplesmente caminhar em campo aberto, evitando os tiros e rapidamente acertando seus adversários. Praticamente todos os FPS de PC permitem isso. Agora, TENTE fazer isso em um FPS de Videogame. Tente, em KILLZONE 2, se expor e tentar responder a altura. Impossível. Vc tem que ser estratégico, se esconder, observar onde está o inimigo, jogar granadas. Em resumo, vc tem que ser muito mais DEFENSIVO. Aliás, eu nunca me importei muito com granadas, mas em KILLZONE 2 passei a amar essas image belezinhas, pois são um método efetivo de fazer os inimigos saírem para campo aberto para vc poder acertá-los. E eles usam essa tática tb. E muito. Gosto disso. IA eficiente, como em FEAR (no caso das granadas). Falando em IA, comparando com o nosso STALKER, a IA de KILLZONE é boa. Mas só. Na verdade existem momentos em STALKER que parece que o jogo "esquece" que deveria mata-lo e simplesmente não reage. Mas em 90% do tempo, os inimigos de STALKER são bastante eficientes. Por exemplo, se um inimigo tem uma arma de curta distância (uma 12, por exemplo) ele rapidamente irá se aproximar de vc, no caso de STALKER. Porém, em KILLZONE 2, a IA é mais limitada e pouquíssimas vezes eu vi alguém me cercar ou algo parecido. Me parece que é algo do image tipo "persiga o jogador e ataque assim que possível", sem maiores detalhamentos. Diversas vezes notei que os inimigos em KILLZONE 2, quando a munição acabava, sacavam uma faca e partiam pra cima de vc. Pouco eficiente quando vc está com uma metralhadora.... No caso de STALKER, nunca vi ninguém ficar sem munição. Acredito que a programação preve inimigos com munição infinita. Qual abordagem é melhor ? Não sei, mas sem dúvida STALKER fica bem mais difícil...

image

Em STALKER tb há algo muito interessante com relação as armas. Elas podem travar. Quando isso ocorre, vc tem que dar um "reload" para a arma voltar ao normal. Um toque simples, porém muito bem vindo. Por outro lado, o jogo foge do "real" ao permitir que vc carregue uma dúzia de armas e muita munição, limitando somente pelo "peso". Já em KILLZONE 2, vc carrega UMA arma e sua pistola (arma "default" que não pode ser trocada). Isso eu não gostei. Puxa, uma arma só ? Que tal duas ? Não sei... to acostumado a 10 armas diferentes desde DOOM, hehehehe.... Mas tudo bem, nesse caso KILLZONE 2 é mais "real" e STALKER mais "prático".

E em relação ao dano ? Ao "HP" do jogador ? Bem, em KILLZONE 2 a abordagem é idêntica a GEARS of WAR, ou seja, vc tem um "poder mutante wolverine", que te cura rapidamente logo após o dano causado. Vc leva um monte de tiros, foge, se esconde e em poucos segundos está completamente curado. Já em  STALKER, temos o clássico "encontre poções para repor seu HP", além de alguns outros mecanismos, bem mais próximos da realidade. Em STALKER vc tem, além imagede bebidas para repor seu HP e curativos, comida (vc tem que comer regularmente, mesmo não estando ferido) e tb um saco de dormir (sim, vc tem que dormir regularmente, afinal, vc não é uma máquina, certo ?). Neste ponto, STALKER é muito mais próximo da realidade que KILLZONE 2, que é muito mais "arcade", ou seja, vc não tem que se preocupar em encontrar nada além de armas e munição.

E a jogabilidade ? Bem, apesar de serem dois FPS, são bem diferentes nesse quesito. KILLZONE 2 é bem linear, estilo FEAR, por exemplo. STALKER, por outro lado, é mais "sandbox", ou seja, vc tem um mapa de todo seu "mundo" que vc vai explorando conforme seu gosto, cumprindo missões. São abordagensimage distintas, e podemos pensar que, enquanto em STALKER vc pode parar pra conversar com um grupo próximo a uma fogueira e tocando violão, em KILLZONE 2 a ação prevalece, com pouquíssimas conversas e muita tiroteca.

Voltando um pouco aos gráficos... Falei da apresentação, mas não comentei dos gráficos "in game", ou seja, jogando. Os gráficos de KILLZONE 2 são bonitos. Muito bonitos. Porém não se comparam aos de STALKER, principalmente quando falamos de texturas. Temos um fator limitante óbvio aqui: o hardware do PS3. Como todo videogame, o PS3 não pode sofrer "updates" e os programadores tem que fazer concessões ao criar jogos para a plataforma. Dito isso, KILLZONE 2 é um jogo lindo, graficamente exuberante, não há queda de frames (pelo menos eu não notei image isso visualmente) que prejudique a jogabilidade e sem dúvida um destaque dessa geração de jogos de videogame. Mas STALKER vai além, levando o DX 9 ao limite. É realmente de chorar quando vc vê os efeitos de chuva, vento e noite. E ficamos tb com uma avaliação quase idêntica quando falamos de som. Os sons em STALKER são bem realistas, com os tiros soando muito reais, pessoas conversando, o vento, animais, tudo levando a uma sensação muito forte de realidade, enquanto que em KILLZONE 2 os sons são excelentes, porém nada muito além dos FPS atuais.

A conclusão que chego é que KILLZONE 2 é um FPS excelente, levando em consideração as limitações tecnológicas do PS3, enquanto STALKER, mesmo não utilizando gráficos mais avançados como DX10 ou DX11, consegue ser mais bonito e mais detalhado. Porém, conforme disse antes, apesar de estarmos falando de dois FPS, são duas plataforma diferentes (PC e PS3) e duas abordagens tb diferentes ("sandbox" e "linear"). Ambos são jogos excelentes e recomendados para os amantes de FPS. Que venha KILLZONE 3....

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Warhammer 40.000 Dawn of War – Winter Assault

image

Finalmente terminei o jogo. Após jogar todos os jogos da série (única exceção é o DARK CRUSADE, que começo a jogar este final de semana), esse foi o mais difícil e com jogabilidade mais interessante. A opção de poder zerar o jogo duas vezes, uma vez com os caras “bons” (Imperial Guard e Eldar) e outra com os caras “maus” (Orks e Chaos), sem dúvida é o diferencial de Winter Assault. E o jogo não para de surpreender quando falamos de opções: em diversas fases, existem momentos em que mais de uma raça joga e vc pode decidir o que cada um faz. A sensação de liberdade é enorme, além de tornar o jogo mais dinâmico e aumentar as possibilidades de vc retomar uma fase e joga-la novamente, com aquele pensamento de “o que aconteceria se…”

Além disso, em algumas fases há mudanças na jogabilidade “clássica” de “montar exército e atacar”, típica dos RTS. Há toda um estória por trás das fases e o jogo se torna, image como direi, mais interessante. Vc quer jogar, não só para ganhar, mas tb para entender o que está acontecendo entre os Eldar, Imperial Guard e Chaos – os Orks são os menos interessantes, mas por outro lado são os mais engraçados: impagável quando eles avançam e gritam  “Orks, Orks…Orks, Orks…”

E a dificuldade…. Os Imperial Guard são muito fracos. E jogar com eles requer muita estratégia. Apesar de existirem armas imagesensacionais para eles (quem recorda do Bane Blade, aí ao lado?),  é improvável que vc consiga ter uma base em um nível tão alto para ter uma belezinha dessas ao seu lado. Os Orks tb não ajudam muito, apesar de parecerem Zergs (a força está na quantidade), morrem com muita facilidade e seu IA é ridículo. Tudo bem, afinal são ORKS. E Orks são estúpidos ! Tudo que importa pra eles é o WAAAGH, e o líder, Gorgutz só tem uma coisa em mente: unificar os Orks sob sua bandeira.

Quando jogamos com os Chaos ou com os Eldar, a coisa muda de figura, pois ambos são raças muito bem equilibradas e se vc está acostumado a RTS a jogabilidade com eles é fluida. Se vc é um jogador de Dawn of War, então, é super tranquilo jogar com ambos. Particularmente, prefiro os Chaos, com seus Berzerker e Chaos Space Marines.

image

Há tb uma raça “convidada”, que aparece nas fases finais: NECRONS ! Os Necrons são uma raça “não jogável” em Winter Assault (vc só terá o prazer de jogar com eles em Dark Crusade), mas a sua aparição é, no mínimo, surpreendente: vindo do meio imagedo nada, atacam em pequenos grupos e podem desequilibrar uma fase.  Os Eldars temem os Necrons de um modo totalmente irracional. Diria que eles tem total pavor dos Necrons, porém não entendo bem o porque, já que os Eldars poderiam dar conta dos Necrons com relativa facilidade (talvez o Dark Crusade me explique melhor o porque desse medo!).

image

Joguei o tempo todo no Hard e algumas fases são realmente difíceis de passar. Mas isso, lógico, só aumenta a vontade de zerar esse clássico. Dark Crusade, aqui vou eu….

Homenagem ao Nintendinho

Realmente ficou muito legal esse clip:

A sequência mais interessante foi a do Mega-Man. Visto originalmente no Blog Girls of War

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Bloqueio de Israel a Faixa de Gaza

Este é um assunto muito sério e polêmico, e tomou novamente a mídia do mundo inteiro depois que Israel atacou navios que levavam mantimentos a Faixa de Gaza. Transcrevo abaixo o texto, original da BBC, com uma explicação bastante detalhada do inferno que vivem as pessoas daquela região. É realmente lamentável…

Link original: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/05/100531_entendabloqueiogaza_ji.shtml

 

A Faixa de Gaza vive sob bloqueio imposto por Israel desde que o grupo extremista islâmico Hamas assumiu o controle da região, em junho de 2007.

Israel quer enfraquecer o Hamas, pôr fim a seus ataques com foguetes contra cidades israelenses e resgatar o soldado Gilad Shalit. Mas muitas agências de ajuda humanitária dizem que a política serve apenas para punir civis.

A Anistia Internacional chamou o bloqueio de "punição coletiva" que resulta em uma "crise humanitária"; funcionários da ONU descreveram a situação como "preocupante" e como "sítio medieval", mas Israel diz que não há desabastecimento em Gaza, justificando que permite, sim, a entrada de ajuda no território.

O que entra e sai de Gaza, e que impacto isso tem?

O que entra

Na maior parte dos três anos desde que o Hamas assumiu o controle de Gaza, os 1,5 milhão de pessoas da região contam com menos de um quarto do volume de importações que recebiam em dezembro de 2005. Em algumas semanas, muito menos do que isso chega à região, apesar de as importações em 2010 terem atingido entre 40% e 45% dos níveis pré-bloqueio.

Na esteira da chegada do Hamas ao poder, Israel afirmou que permitiria apenas a entrada de suprimentos humanitários na Faixa de Gaza. O país tem uma lista de itens que poderiam ser usados para fabricar armas, como canos de metal e fertilizantes.

Esses itens não podem entrar, à exceção de em "casos especiais humanitários". Não foi publicada, entretanto, qualquer lista do que pode ou não pode entrar em Gaza, e os itens variam de tempos em tempos.

A lista da agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos, a UNRWA, tem itens de uso doméstico que tiveram entrada proibida várias vezes, como lâmpadas, velas, fósforos, livros, instrumentos musicais, giz de cera, roupas, sapatos, colchões, lençóis, cobertores, massa para cozinhar, chá, café, chocolate, nozes, xampu e condicionador.

Muitos outros artigos - que vão de carros e frigideiras a computadores - quase sempre têm entrada recusada.

Materiais de construção como cimento, concreto e madeira tiveram entrada quase sempre proibida até o começo de 2010, quando uma pequena quantidade de vidro, madeira e alumínio foi autorizada.

Durante os seis meses de trégua entre Israel e Hamas que começaram em junho de 2008, e no começo de 2010, o volume e a gama de bens que entram em Gaza aumentou um pouco, com a chegada de caminhões de sapatos e roupas.

Israel diz que o Hamas desviou ajuda no passado, e que poderia se apropriar de materiais de construção para seu próprio uso. Agências de ajuda respondem afirmando que têm sistemas de monitoramento rígidos em vigor.

Alimentos

AP

Agências de ajuda humanitária que operam em Gaza dizem que conseguem, em grande parte, transportar suprimentos básicos como farinha e óleo de cozinha para o território.

Mas a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), diz que 61% dos moradores de Gaza vivem em uma situação de "insegurança alimentar".

Metade dos 1,5 milhão de moradores de Gaza depende da UNRWA e de seus suprimentos de comida.

A distribuição de comida pela UNRWA foi suspensa várias vezes desde junho de 2007, como resultado do fechamento das fronteiras ou de racionamento de comida.

Israel costuma dizer que as fronteiras são fechadas por motivo de segurança, usando como exemplo ocasiões em que palestinos atacaram os postos fronteiriços ou lançaram foguetes contra Israel.

Os pacotes de ajuda da UNRWA respondem por cerca de dois terços das necessidades alimentares dos palestinos em Gaza, e precisam ser complementadas por laticínios, carne, peixe, frutas frescas e legumes.

Alguns desses itens são cultivados localmente, outros têm entrada permitida, vindos de Israel, e outros são contrabandeados por túneis na fronteira de Gaza com o Egito.

Mas com o desemprego em 40%, segundo estima a ONU, alguns moradores de Gaza não podem comprar o básico, mesmo se eles estiverem disponíveis.

A UNRWA afirma que o número de moradores de Gaza incapazes de comprar itens como sabão e água potável triplicou desde 2007.

Uma pesquisa realizada pela ONU em 2008 revelou que mais da metade dos domicílios de Gaza vendeu o que tinha e depende de crédito para comprar comida.

Três quartos dos habitantes da região compram menos comida do que no passado, e quase todos estão comendo menos frutas, legumes e verduras frescos e proteínas, para economizar.

A operação militar de Israel em dezembro e janeiro de 2009 prejudicou significativamente a transferência de alimentos e sua distribuição, além de ter causado prejuízos à agricultura que a FAO estima estar na ordem dos US$ 180 milhões.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço das crianças com menos de 5 anos e de mulheres em idade fértil em Gaza estão anêmicos.

Combustível e energia

Em setembro de 2007, o governo de Israel declarou a Faixa de Gaza uma "entidade hostil", em resposta a ataques contínuos com foguetes contra o sul de Israel, e disse que começaria a cortar o nível de combustível importado pela região.

Falta de gasolina e diesel causaram grandes problemas. Carroças puxadas por burros são uma visão comum em Gaza. O combustível para carros entra por túneis, através do Egito.

De acordo com informação compilada pela Ong Oxfan, não entrou qualquer quantidade de gasolina ou diesel para veículos vindo de Israel desde de novembro de 2008 - à exceção de combustível usado por carros da ONU e de outros cinco outros carregamentos por navio, em três anos.

A quantidade de gás de cozinha com entrada autorizada geralmente varia entre um terço e metade da necessidade, segundo a Oxfam.

Eletricidade

O fornecimento de eletricidade a Gaza é composto por 144 Megawatts vindos de Israel, 17 Megawatts do Egito e o restante de uma usina controlada pela União Européia em Gaza, que pode gerar até 80 Megawatts.

O combustível para a usina é geralmente levado através do posto fronteiriço de Nahal Oz. A usina fechou por completo várias vezes por falta de combustível, porque o posto estava fechado. A usina ficou sem energia durante a maior parte da operação de Israel em janeiro de 2009, deixando dois terços dos moradores de Gaza sem energia, no pico da crise.

Desde o começo de 2008, a usina recebeu combustível suficiente para operar com apenas dois terços da sua capacidade - obedecendo a uma determinação da Suprema Corte de Israel, que estabelece a entrada de uma quantidade mínima de combustível em Gaza.

Números monitorados por agências internacionais mostram que a chegada de combustível caiu para seus níveis mínimos várias vezes na primeira metade de 2008.

No fim de 2009, a responsabilidade por custear o combustível foi transferida da União Européia para a Autoridade Nacional Palestina, baseada em Ramallah, na Cisjordânia. Em abril e maio de 2010, o fornecimento de combustível oscilou, e a usina conseguiu operar entre 20% e 50% de sua capacidade.

Os cortes de energia continuam frequentes. Uma pesquisa da Oxfam de abril de 2010 mostrou que havia casas em Gaza sem energia por 35 ou 60 horas por semana.

Esgoto e água

Menina enche galão de água no prédio da UNRWA no campo de Khan Yunis

 

 

 

O bloqueio teve um enorme impacto na rede de esgoto e de abastecimento de água. A falta de componentes torna difícil a reforma da rede. O fornecimento de energia intermitente fez com que bombas elétricas precisassem de geradores, que, por sua vez, não tinham peças reserva.

A OMS diz que a Operação Chumbo Fundido piorou o que já era uma situação crítica. Antes da operação, segundo a organização, os moradores de Gaza tinham menos de metade da água que necessitam de acordo com padrões internacionais. Além disso, 80% da água que chegava ao território não tinha qualidade compatível com os padrões da OMS.

No auge dos combates em janeiro, metade da população de Gaza não tinha acesso a àgua encanada.

O organismo responsável pelo tratamento de esgoto em Gaza estima que ao menos 50 milhões de litros de esgoto mal ou não tratado seja despejado no mar diariamente.

Parte do esgoto de Gaza é armazenado em lagoas. Uma delas tranbordou em 2007, causando ao menos cinco mortes.

Negócios

De maneira geral, a ONU diz que o bloqueio causou "danos irreparáveis" à economia de Gaza. O desemprego aumentou de 30% em 2007 para 40% em 2008, de acordo com o Banco Mundial. A ONU afirma que se a ajuda fosse descontada, 80% dos moradores de Gaza viveriam na pobreza.

O bloqueio devastou o setor privado. Antes de 2007, cerca de 750 caminhões de móveis, produtos alimentícios, têxteis e agrícolas deixavam Gaza a cada mês, no valor de meio milhão de dólares por dia.

Sob o embargo, as únicas exportações permitidas foram as contidas em poucos camihões de morangos e flores - apesar de a situação ter melhorado levemente no começo de 2010, com a saída de 118 camihões entre dezembro de 2009 e abril de 2010.

Até a produção para necessidades locais foi praticamente paralisada, porque matérias primas raramente conseguem entrar. De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos Gisha, pequenos conteineres de margarina têm entrada permitida para consumo doméstico. Baldes de manteiga, entretanto, não podem entrar - esses poderiam ser usados para manufatura industrial de alimentos.

Algumas empresas retomaram suas atividades usando produtos contrabandeados através dos túneis.

Antes do bloqueio, 3.900 empresas operavam, empregando 35 mil pessoas - em junho de 2008, apenas 90 funcionavem, empregando apenas 860, de acordo com o Centro de Comércio Palestino. A situação melhorou ligeiramente durante a trégua.

Os negócios de Gaza sofreram prejuízo estimado em US$ 140 milhões durante as operações militares de dezembro e janeiro, de acordo com o Conselho Coordenador do Setor Privado Palestino.

Agricultura

A agricultura também é um empregador importante, mas com as exportações em praticamente zero, milhares de toneladas de flores, frutas, legumes e verduras foram destruídos ou vendidos com prejuízo em mercados locais.

Outras áreas da indústria alimentícia também foram afetadas - por exemplo, o aumento dos custos de produção para pescadores aumentou o preço das sardinhas, e um avicultor teve que matar 165 mil pintos, porque não tinha combustível para as incubadoras que os manteriam vivos.

A FAO afirma que árvores, campos, gado e estufas - no valor de US$ 180 milhões - foram destruídas na Operação Chumbo Fundido. A Autoridade Nacional Palestina estima que 15% das terras para cultivo na região tenham sido destruídas.

A FAO afirma ainda que as fronteiras fechadas são um enorme obstáculo para a reconstrução, com a falta de fertilizante, gado, sementes e equipamento agrícola.

Israel diz que em 2010 permitiu a entrada em Gaza de sementes de batata, ovos para reprodução, abelhas e fertilizantes que não poderiam ser usados em bombas.

Trabalhador em prédio em construção em Gaza: setor duramente afetado

 

 

 

Construção

Restrições a material de construção, em particular cimento, e componentes para máquinas, tiveram enorme impacto sobre projetos que vão de tratamento de água à abertura de sepulturas. A reconstrução de prédios e infraestrutura destruida nas operações de Israel de 2009 se tornou praticamente impossível.

A ONU diz que as restrições ao cimento tornaram impossível a reconstrução de 12 mil casas palestinas danificadas ou destruídas durante as operações israelenses.

A organização diz que não pôde construir escolas para abrigar 15 mil novos alunos - necessárias porque a população aumentou desde que o bloqueio começou.

Mesmo antes da operação Chumbo Fundido, todas as fábricas de material de construção tinham fechado (13 que fabricavam azulejos, 30 de concreto, 145 de corte de mármore e 250 de tijolos), e a construção de estradas, de redes de abastecimento de água e saneamento, de instalações médicas e casas foi paralisada.

Durante a trégua, alguns caminhões de cimento começaram a entrar em Gaza, mas o volume estava muito abaixo do necessário - e o fluxo parou, assim que a trégua ruiu.

Em março de 2010, Israel aprovou a entrada de material de construção para alguns projetos da ONU que estavam paralisados, mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que aquela era "uma gota em um balde" em comparação às necessidades.

Saúde

A OMS diz que o bloqueio levou a uma "piora das condições de saúde da população" e "à degeneração acelerada" do sistema de saúde.

Israel geralmente permite a entrada de remédios em Gaza. A OMS afirma que a falta de remédios é um problema, com 15% ou 30% dos medicamentos essenciais em falta ao longo de 2009.

O sistema de saúde também luta para obter componentes para suas máquinas e também com a falta de combustível para geradores.

Antes da operação Chumbo Derretido, Gaza tinha apenas 133 leitos hospitalares por 100 mil pessoas, comparados com 583 em Israel, e perdeu parte de sua capacidade durante os combates.

Seis hospitais sofreram danos, incluindo um prédio novo que foi totalmente destruído, e outro que perdeu dois andares inteiros. Gaza simplesmente não está equipada para tratar casos graves de saúde.

De acordo com dados israelenses, 10.554 pacientes e seus acompanhantes deixaram Gaza para obter tratamento médico em Israel desde 2009.

Mas a OMS afirma que em dezembro de 2009, foi negada ou atrasada permissão para entrada de 21% dos pacientes, e 27 morreram durante o ano, à espera de autorizações de Israel.

A fronteira de Rafah com o Egito está fechada desde junho de 2007, apesar de alguns casos médicos considerados especiais poderem cruzar o local.

Israel diz que é necessário uma inspeção cuidadosa, alegando que três pessoas com autorização médica para deixar o território planejavam, na verdade, atacar o país.

O governo israelense diz ainda que se ofereceu para facilitar a passagem de Israel para a Jordânia para palestinos que tiveram sua autorização recusada por motivos de segurança.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Brasil, sil, sil…..

 

imageUma DECISÃO JUDICIAL obrigou as teles a informarem a VERDADE em seus anúncios de banda larga (que de larga não tem nada). Elas cumpriram ? NÃO. O IDEC disse que vai obriga-las a cumprir ou pagarão multa de 5.000 reais por dia e terão a venda de seus produtos de banda larga SUSPENSA. Vc acredita em papai noel ? E em coelhinho da páscoa ?

 AQUI

image